No decorrer do séc. XIX a América de dividiu em dois,
Norte e Sul entravam em um grande conflito político e civil. As duas tinham
grande evolução, porém, américa do Norte não aprovava que américa do Sul continuasse
com mão de obra escrava que na época era “seu ganha pão”.
Segue abaixo um trecho do livro de história:
“ Quando Abraham
Lincoln (1809-1865)
foi eleito Presidente dos EUA em novembro de 1860, tendo entre suas propostas a
abolição da escravidão - não por motivações humanitárias, mas fundamentalmente
econômicas e com o desejo de enviar os negros para a África e América Latina -,
sete estados sulistas, onde a exploração da escravidão negra era a base da
economia, romperam com a União e pouco tempo depois mais quatro. Richmond, na
Virgínia, tornou-se a capital dos Estados Confederados da América e Jefferson
Davis (1808-1889) foi eleito seu presidente. ”
Após esse acontecimento a briga entre Norte e Sul ficou
acirrada, e começou a Guerra da Secessão ou Guerra civil Americana.
Basicamente o Norte condenava a mão de obra escrava do
Sul e queria implementar o seu desenvolvimento industrial lá, para que essa
escravidão ilegal terminasse e para que a América se tornasse uma só novamente.
A guerra durou até 28 de junho de 1865, 4 anos mais ou
menos.
Foi o conflito que mais mortes causou entre os estadunidenses,
matando aproximadamente 970 mil pessoas. O resultado da guerra foi a
demonstração do poder dos estados do Norte, que já eram mais desenvolvidos do
que os estados do sul. Ao fim do conflito, com os interesses da região sul
derrotados, os Estados Unidos aboliram por completo a escravidão no país e
assumiram uma postura econômica na linha dos interesses do Norte, guiada para o
desenvolvimento industrial e expansão do mercado interno.
Com a criação dos Estados Confederados e a Guerra da
Secessão (1861-1865), foi criado um símbolo, uma bandeira.
Para algumas pessoas hoje em dia ela foi basicamente uma
bandeira sulista que exalta a tradição e os povos do Sul, porém, ela também foi
símbolo de ódio contra os negros, tanto durante, quanto após a guerra.
A Ku Klux Klan foi fundada em 1866, no Tennessee, como um
clube social que reunia soldados que haviam lutado pelos estados do Sul, o lado
derrotado, na Guerra Civil Americana (1861-1865).
"Ku
Klux", aparentemente vêm da palavra grega kyklos, que significa
"círculo". Já o termo "Klan” era para fazer uma referência aos
velhos clãs, grupos familiares tradicionais.
Muito mais do que um clube, a KKK se transformou numa
entidade de resistência à política liberal imposta pelos estados do Norte após
a Guerra Civil, na defesa da manutenção da supremacia branca no país, o grupo
promovia atos de violência e intimidação contra os negros libertados
.
Seus militantes adotaram capuzes brancos e roupões
fantasmagóricos para esconder a identidade e assustar as vítimas. A partir de
1870, o governo americano decidiu enfrentar a organização e, em 1882, a Suprema
Corte do país declarou inconstitucional a existência da KKK.
“A bandeira usada pelos Estados do sul do país durante a
Guerra Civil, voltou a ser alvo de polêmica depois de aparecer em fotos do
atirador Dylann Roof, acusado de matar, nove pessoas em uma histórica igreja da
comunidade negra na cidade de Charleston. O crime teria sido motivado por ódio racial.
”
Resumindo, a bandeira tem sua história, porém, parte
dessa história é ruim e ainda reflete nos dias de hoje e acima disso, em
respeito a todas as pessoas que sofreram por conta do racismo, acho que a governadora
Nikki Haley fez o certo em sancionar a lei que retira essa bandeira de diversos
locais.
Atualmente aqui no Brasil, especificadamente em Santa
Bárbara-SP, um grupo de descendentes, celebra anualmente a imigração dos
sulistas para o interior de São Paulo após a Guerra Civil dos EUA.
Nos últimos dias, teve início um movimento para retirada
do símbolo de órgãos públicos em diversas regiões dos Estados Unidos. E o
uso da bandeira em Santa Bárbara d'Oeste repercutiu até fora do Brasil.
"Não somos racistas", diz o presidente da
Fraternidade Descendência Americana na cidade, Marcelo Sans Dodson. Ele alega
que para eles, a bandeira simboliza: Amor, família e união.
Ele disse também, que que essa visão é errada e fruto de
manipulação feita pelos vencedores da guerra. Em nota, ele afirma que a
fraternidade "repudia e é contrária a qualquer tipo de discriminação, seja
racial, religiosa, de gênero ou idade" e "defende a integração dos
povos, o respeito religioso e a liberdade de expressão".
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